ADRIANO DA SILVA CARVALHO tem mestrado em Novo Testamento, Divindade e Estudos Hermenêuticos - CPAJ Universidade Mackenzie - SP. Exerce atividade como professor, escritor e pesquisador. Ensinou filosofia e sociologia no ensino médio - Colégio Cenecista-Duque de Caxias-RJ. Na graduação lecionou grego, hebraico, metodologia da pesquisa, antropologia cultural e introdução à filosofia no Instituto Brasileiro de Educação Integrada - IBEI - RJ. Como escritor publicou livros sobre Crítica Textual, Crítica da forma, Análise de Discurso e Exegese. Como pesquisador escreveu artigos de filosofia para a Revista Vox Scriptuarae da Faculdade Luterana de Teologia, e de teologia na Revista Teologia Brasileira e na Revista Pesquisas em Teologia - PQTEO (PUC/Rio). Coordenou a Fundação de Apoio à Escola Técnica em Magé-RJ. Foi pastor presbiteriano (Igreja Presbiteriana do Brasil), mas desligou-se voluntariamente dessa denominação. Atualmente se dedica ao magistério, a pesquisa e a produção literária.
Que honra!O artigo que procurei explicar o significado da locução grega: "θεοὶ μὲν γὰρ εἰσίν" em Epicuro chegou a um dos grandes Centros de difusão de conhecimento no Mundo: Eberhard Karls Universitat Tubingen Alemanha:
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Meu artigo Publicado pela PUC/Rio
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Coordenador de Unidade Faetec (ano 2007):
A crítica bíblica apresentou uma nova perspectiva para a leitura e interpretação das Escrituras.
Desde Isaac La Peyrée com seu livro "Prae - Adamitae" -" Homens antes de Adão"; passando por Espinosa com seu Tratado Teológico-Político; Welhausen com seus estudos críticos do Antigo Testamento - a abordagem bíblica foi colocada sob o crivo da razão. Depois vieram Gunkel com sua "formensprache" e Bultmann com a sua "demitologização". Este livro mostrará como essa revolução começou!

Parábola é um dos gêneros literários mais difíceis de interpretar. Mas todo o esforço nesse sentido será recompensado. Neste livro a passagem de Lucas 16: 19-31 será submetida a uma análise sociológica e literária.Os contextos políticos e econômicos da época do autor serão analisados, bem como os paralelos dessa passagem em um conto egípcio do primeiro século; em uma história do Talmude Palestino e no trabalho de Luciano.

As duas epístolas aos Tessalonicenses foram os primeiros documentos do N.T. colecionados pelos cristãos. Elas apresentam o pensamento escatológico dos primeiros dias da igreja cristã. Neste livro o leitor encontrará um primoroso estudo exegético sobre: " aquele ou aquilo que detém"; "parúsia"; " o homem da iniquidade" etc. Também conhecerá o verdadeiro objetivo dos ensinos escatológicos nessas cartas.

A discussão sobre o significado de Isaías 7.14 é longa, existe a centenas de anos e está centrada, sobretudo, em nuances gramaticais. Em tese, faz-se do substantivo feminino hebraico ”עַלְמָה” – (‘almah) um cavalo de batalha. Esse substantivo pode ser traduzido por “virgem”, mas também por “mulher jovem e sem filhos”. Essa ambiguidade tem alimentado o debate por milênios. A Septuaginta colocou mais lenha na fogueira quando traduziu “‘almah” em Isaías 7.14 por “virgem”. Este livro apresentará os pontos de vista em tensão dessa discussão milenar.

Naum é um dos livros mais notáveis de todo o Antigo Testamento. A elaboração de uma obra literária como essa exigiu do seu autor, "energia, capacidade poética, raciocínio lógico e teológico para justificar seu argumento e convencer seu público". Apesar disso, Naum tem sido ignorado pela maioria dos leitores da Bíblia: esperamos com este pequeno comentário alterar esse quadro mostrando a sua importância literária e o valor teológico da sua mensagem.

Deus e a felicidade em Epicuro.
Este artigo visa compreender o significado da frase: “θεοὶ μὲν γὰρ εἰσίν” – “Certamente os deuses existem” no contexto da chamada carta sobre a felicidade de Epicuro. E, para este fim, questionará a relação desse enunciado com o programa da “vida abençoada” do filósofo de Samos. Epicuro estava apresentando sua declaração de fé: Θεοὶ εἰσίν? Provavelmente não. Mas é verdade que ele usou linguagem teológica quando apresentou seu plano de felicidade. Por que ele faz isso? Esta é a pergunta que este artigo procurará responder.

Parábola: perspectivas linguístico-literárias
Quase todos os livros sobre interpretação bíblica reservam um capítulo especial ao estudo da parábola. E não poderia ser diferente, o assunto é complexo e requer um considerável esforço hermenêutico. Por isso, também, desde o século passado muitas pesquisas com fulcro literário foram realizadas com vistas a uma compreensão mais clara desse gênero. Reconhecidamente algumas dessas pesquisas trouxeram informações importantes, como questões relacionadas ao paralelo da parábola com outras literaturas, sobre paradigmas dominantes na sua interpretação e elementos narrativos comuns: há muitos bons artigos sobre o tema. No entanto, em razão da natureza deste trabalho, não será possível considerar todas as teorias escritas sobre esse assunto, o que se pretende aqui é tão somente apresentar de modo introdutório os pontos de vista mais interessantes no estudo desse tema.

Paulo e o Embargante
Este artigo se proporá ao exame de uma das mais importantes e intrincadas passagens das Sagradas Escrituras: 2 Tessalonicenses 2.1-17. Nela encontra-se a mensagem de Paulo para anular os efeitos de um falso anúncio de que “o dia do Senhor” já havia chegado: “ὡ ὅτι ἐνέστηκεν ἡ ἡμέρα τοῦ κυρίου”- (como se tivesse chegado o dia do Senhor). Sobre os efeitos desse falso anúncio sobre os destinatários da carta Elian Cuvillier comentou:“ na primeira carta (1 Tessalonicenses 4.13-18) os crentes estão vivendo a crise da esperança, mas na segunda( 2 Segunda Tessalonicenses 2.1-12) enfrentam uma crise entusiasta”.[2] Esse desequilíbrio é destacado por Paulo quando emprega o verbo grego “Σαλεύω”:[3] no grego secular esse verbo era usado para descrever a “agitação do mar” o “tremor produzido por um terremoto” e a “ incerteza terrena. Este artigo analisará essa e outras questões importantes dessa perícope.

Os dêiticos em 2 Tessalonicenses 2
Este artigo apresenta uma interseção da linguística com a teologia. Ele procurou explicar a organização do texto da perícope de 2 Tessalonicenses 2 através dos elementos dêiticos.O termo “dêixis” ou "deixis" é de origem grega “δεἴξις”- é uma variação do verbo “δείκνυμι”, “mostrar”.O estudo dos elementos dêiticos em um enunciado não se limita a extrair do contexto este ou aquele elemento isolado para os quais apontam, mas fazer emergir da situação de enunciação marcos referenciais indispensáveis à ancoragem enunciativa. O vocábulo “deixis” foi empregado pela primeira vez no II século d.C. pelo gramático grego Apolônio Díscolo para descrever as funções dos pronomes pessoais e demonstrativos. Assim a primeira ocorrência do termo “deixis” surge no domínio da descrição gramatical sem uma relação explícita com a teoria da significação linguística. Todavia, sabe-se que antes de Apolônio os antigos filósofos já discutiam sobre linguagem e semiologia.O leitor compreenderá melhor o uso dêitico ao ler este artigo, assim esperamos.