
Mestre em Estudos Hermenêuticos e Novo Testamento. Tem experiência na área de Teologia com interface em Literatura; Línguas Clássicas: Grego e Hebraico; e História da Filosofia.
Estuda as teorias linguístico-literárias do significado textual com fulcro nos seguintes autores: Michel Pêcheux; Roland Barthes; Eric Donald Hirsch; Algirdas Julius Greimas; Friedrich Daniel Ernst Schleiermacher; Hans-George Gadamer.
Professor Adriano Carvalho foi pastor presbiteriano (Igreja Presbiteriana do Brasil), mas desligou-se voluntariamente dessa organização. Hoje se dedica ao ensino e a produção literária. Tem artigos publicados em duas revistas do Programa de Pós Graduação da PUC-Rio, quais sejam, Pesquisas em Teologia e Rebiblica (Revista Brasileira de Interpretação Bíblica) e também na Revista da Faculdade Luterana de Teologia - FLT (Vox Scripturae) entre outras.
Seus livros e artigos estão listados em muitos catálogos como, por exemplo, Harvard University; RelBib - Universität Tübingen; IxTheo- Index Theologicus; ThULB - Universität Jena; SCILIT - Scientific Literature; Bielefeld Academic Search Engine - Base; ScienceGate; Mississippi State University; Sydney Jones Library -University of Liverpool, Louisiana State University, LSU Libraries, entre outros.
A Edição 2021 (v.2 n.4) da Revista Rebiblica do Programa de Pós Graduação da PUC/Rio traz um artigo de minha autoria: A interpretação dos particípios em 2 Tessalonicenses 2,6.7: Uma proposta não identitária. Para ler o baixar o artigo vá em: <http://revistarebiblica.teo.puc-rio.br/index.php/rebiblica/index>
Espinosa é considerado por muitos autores o filósofo mais importante do período moderno. Ele é apresentado como o responsável pela mais profunda reflexão alguma vez publicada sobre a democracia.
Foi o pensador que forneceu a base intelectual para a democracia liberal. O primeiro a defender a separação entre religião e estado e a pensar no desenvolvimento de uma sociedade basicamente secular na qual judeus, cristãos e outros poderiam ser aceitos independentemente de sua ancestralidade religiosa ou étnica.
Mas Espinosa foi também um teólogo, um exegeta bíblico, e na opinião de alguns: um teólogo do processo. Sua interpretação do texto bíblico destoava daquela apresentada pelos judeus ortodoxos e cristãos conservadores. No Tratado Teológico-Político - (TTP) ele se revela um intérprete crítico das Escrituras: rejeita as interpretações alegóricas dos seus dias e recomenda o uso da razão na análise do texto bíblico.
O modo como lidou com as Escrituras fez com que a principal das suas obras publicada em vida fosse considerada por alguns religiosos "um livro forjado no inferno pelo próprio diabo". No entanto, Espinosa apenas pretendeu que a exegese bíblica e a hermenêutica fossem empreendimentos acadêmicos autônomos, separados da homilética bíblica tradicional. Assim, ele semeou a semente da teologia liberal. Seu ponto de vista foi seguido por alguns estudiosos como Johann David Michaelis (1717-1791) e Johann Herder (1744-1803), e teve uma influência substancial sobre Friedrich Schleiermacher (1768-1834).
Desse modo ele se tornou um dos criadores da erudição e da crítica bíblica moderna. O primeiro e também o último pensador moderno a tornar a interpretação da Bíblia central para a reflexão filosófica. Por tudo isso, como lembrou William Louis Rabernort, “Espinosa é mais do que sempre uma força intelectual a ser considerada”. Não sem razão ele foi o filósofo favorito de Einstein.
Neste livro o leitor conhecerá a posição de Espinosa sobre algumas ideias filosóficas como os conceitos de Substância, Atributos e Modos, que constituem a linguagem metafísica fundamental da sua filosofia. Entretanto, o objetivo deste trabalho e dar uma ênfase maior às ideias do Espinosa teólogo e intérprete das Escrituras: que o leitor leia este livro com essa informação em mente! Boa leitura.
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Lançamento do meu décimo segundo livro "Quílon de Esparta: vida, lendas e máximas".
Neste livro apresentaremos algumas histórias e lendas contadas sobre os sete sábios da Grécia, com maior destaque para Quílon.
Meu interesse em estudar a vida desse sábio espartano foi despertado quando li que Diodoro Sículo atribuiu a ele três famosas máximas délficas: “Γνῶθι σεαυτόν” – “Conhece a ti mesmo”; “Μηδὲν ἄγαν” – “Nada em excesso”; e “Ἐγγύα, πάρα δ ἄτη” – “Faça uma promessa e sofra por isso”; a partir dessa descoberta quis conhecer melhor a vida e obra de Quílon. E, foi assim que surgiu este livro.
Estudamos os autores antigos para conhecer histórias,
eventos e máximas que tivessem alguma conexão com os sete sábios, sobretudo,
com Quílon. Mas, escrever este livro não foi nada fácil, pois poucos detalhes
da vida dos sete sábios da Grécia sobreviveram, e, do material que chegou até
nós, além dos dados escassos, não é fácil distinguir o real do fictício. Mas, nos
esforçamos para apresentar a imagem dos sete, de Quílon especialmente, de
acordo com o ponto de vista dos autores antigos: o trabalho está feito, espero
que gostem! Boa leitura!
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A crítica bíblica apresentou uma nova perspectiva para a leitura e interpretação das Escrituras. Desde Isaac La Peyrée com seu livro "Prae - Adamitae" -"Homens antes de Adão"; passando por Espinosa com seu Tratado Teológico-Político; Welhausen com seus estudos críticos do Antigo Testamento - a abordagem bíblica foi colocada sob o crivo da razão. Depois vieram Gunkel com sua "formensprache" e Bultmann com a sua "demitologização". Este livro mostrará como essa revolução começou!
Espinosa: o exegeta com razão
Desde o período da igreja primitiva, passando pela Reforma protestante até o início do século XVIII não havia sido apresentados argumentos consistentes contrários a autoria paulina das epístolas escritas a Timóteo e Tito. Contudo, a partir do século XIX, um grupo de estudiosos rejeitou a tradição que defende que Paulo é o autor das pastorais. Eles consideraram esses documentos como produtos de uma época posterior ao apóstolo, sendo, portanto, não autênticos. Essa posição foi enfrentada, mas até os dias atuais os debates sobre a autoria e autenticidade das pastorais não tem qualquer previsão de arrefecimento. Neste livro serão apresentados os pontos de vistas dos dois lados em disputa, assim esperamos que o leitor conhecendo esses pressupostos, consiga decidir melhor sobre essa questão.

Parábola é um dos gêneros literários mais difíceis de interpretar. Mas todo o esforço nesse sentido será recompensado.
Neste livro a passagem de Lucas 16: 19-31 será submetida a uma análise sociológica e literária. Os contextos políticos e econômicos da época do autor serão analisados, bem como os paralelos dessa passagem em um conto egípcio do primeiro século; em uma história do Talmude Palestino e no trabalho de Luciano.

As duas epístolas aos Tessalonicenses foram os primeiros documentos do N.T. colecionados pelos cristãos. Elas apresentam o pensamento escatológico dos primeiros dias da igreja cristã. Neste livro o leitor encontrará um primoroso estudo exegético sobre: "aquele ou aquilo que detém"; "parúsia"; " o homem da iniquidade" etc. Também conhecerá o verdadeiro objetivo dos ensinos escatológicos nessas cartas.

A discussão sobre o significado de Isaías 7.14 é longa, existe a centenas de anos e está centrada, sobretudo, em nuances gramaticais. Em tese, faz-se do substantivo feminino hebraico ”עַלְמָה” – (‘almah) um cavalo de batalha. Esse substantivo pode ser traduzido por “virgem”, mas também por “mulher jovem e sem filhos”. Essa ambiguidade tem alimentado o debate por milênios. A Septuaginta colocou mais lenha na fogueira quando traduziu “‘almah” em Isaías 7.14 por “virgem”. Este livro apresentará os pontos de vista em tensão dessa discussão milenar.

Naum é um dos livros mais notáveis de todo o Antigo Testamento. A elaboração de uma obra literária como essa exigiu do seu autor, "energia, capacidade poética, raciocínio lógico e teológico para justificar seu argumento e convencer seu público". Apesar disso, Naum tem sido ignorado pela maioria dos leitores da Bíblia: esperamos com este pequeno comentário alterar esse quadro mostrando a sua importância literária e o valor teológico da sua mensagem.

Deus e a felicidade em Epicuro.
Este artigo visa compreender o significado da frase: “θεοὶ μὲν γὰρ εἰσίν” – “Certamente os deuses existem” no contexto da chamada carta sobre a felicidade de Epicuro. E, para este fim, questionará a relação desse enunciado com o programa da “vida abençoada” do filósofo de Samos. Epicuro estava apresentando sua declaração de fé: Θεοὶ εἰσίν? Provavelmente não. Mas é verdade que ele usou linguagem teológica quando apresentou seu plano de felicidade. Por que ele faz isso? Esta é a pergunta que este artigo procurará responder.

Parábola: perspectivas linguístico-literárias
Quase todos os livros sobre interpretação bíblica reservam um capítulo especial ao estudo da parábola. E não poderia ser diferente, o assunto é complexo e requer um considerável esforço hermenêutico. Por isso, também, desde o século passado muitas pesquisas com fulcro literário foram realizadas com vistas a uma compreensão mais clara desse gênero.
Reconhecidamente algumas dessas pesquisas trouxeram informações importantes, como questões relacionadas ao paralelo da parábola com outras literaturas, sobre paradigmas dominantes na sua interpretação e elementos narrativos comuns: há muitos bons artigos sobre o tema. No entanto, em razão da natureza deste trabalho, não será possível considerar todas as teorias escritas sobre esse assunto, o que se pretende aqui é tão somente apresentar de modo introdutório os pontos de vista mais interessantes no estudo desse tema.

Paulo e o Embargante
Este artigo se proporá ao exame de uma das mais importantes e intrincadas passagens das Sagradas Escrituras: 2 Tessalonicenses 2.1-17. Nela encontra-se a mensagem de Paulo para anular os efeitos de um falso anúncio de que “o dia do Senhor” já havia chegado: “ὡ ὅτι ἐνέστηκεν ἡ ἡμέρα τοῦ κυρίου”- (como se tivesse chegado o dia do Senhor).
Sobre os efeitos desse falso anúncio sobre os destinatários da carta Elian Cuvillier comentou:“ na primeira carta (1 Tessalonicenses 4.13-18) os crentes estão vivendo a crise da esperança, mas na segunda( 2 Segunda Tessalonicenses 2.1-12) enfrentam uma crise entusiasta”. Esse desequilíbrio é destacado por Paulo quando emprega o verbo grego “Σαλεύω”: no grego secular esse verbo era usado para descrever a “agitação do mar” o “tremor produzido por um terremoto” e a “ incerteza terrena. Este artigo analisará essa e outras questões importantes dessa perícope.
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Os autores que mais cativaram-me foram: Paulo, Lutero, Calvino, Platão, Aristóteles, Epicuro, Agostinho, Espinosa, Gunkel, Gerard Von Rad, Kant, Schopenhauer, Bultmann, Greimas, Roland Barthes; Eric Donald Hirsch e John Gresham Machen entre outros.
